Author Archives: palm

semaninha agitada, 20 speakers independentes e muita coisa pra aprender.

legal, chegou a hora de falar de trabalho – como se ate agora tudo tivesse sido soh gandaia e lazer.

estamos aqui em dubrovnil cumprindo o tradicional MMKamp, versao 2008. aqui neste link voce pode conferir a turma que ja andou participando desta e de outras versoes do evento.

a semana do dia primeiro de julho comecou de um modo bem curioso, com 4 caras da Suiça (marcus, martin, daniel e john) chegando em Lazareti com um dodecaedro de aproximadamente 3m de diametro para ser montado, e mais um rack pesando uns 200Kg, soh com placas de som la dentro. claro, a pergunta basica: pra que tudo isso? ate entao nao sabiamos, mas tinhamos uma informacao que eles montariam uma especie de instalacao sonora tridimensional, ou algo do genero.

este sistema usando um dodecaedro, chamado de Ambisonic, serve para suportar 20 speakers controlados por 20 canais diferentes. por isso o danado do rack de quase 200kg – cheio de interfaces firewire, ampificadores e mixers, um luxo soh. coisa de suiço.

 

 

apos a montagem do sistema, discutimos com seria nosso processo, estabelecendo alguns horarios de trabalho (obviamente passamos o tempo todo hackeando a agenda, hehe)

 

 

proximo passo? comecar a troca informacoes. o primeiro “workshop” foi dado pelo prof. dr. Martin Neukon, chefe do instituto de ciencias da computacao de Zurich, falando um pouco sobre o comportamento/processamento do som dentro do sistema Ambisonic. uma aula bacana sobre amplitude e modulacao deixando a gente pensando como reproduzir estes efeitos usando cada um sua ferramenta (o martin usa PureData tb, mas os patches do Ambisonic sao todos feitos em Max/Msp e Mathematic).

 

no dia seguinte a apresentacao do Martin, Daniel Bisig, pequisador do laboratorio de inteligencia artificial da universidade de Zurich apresentou seu projeto principal, que faz o link com o Ambisonic: o ISO: Interactive Swarms Orchestra

iso

acima, algumas imagens geradas pelo sistema de swarms criado pelo daniel. a ideia basica eh que os swarms podem nao somente controlar os instrumentos desejados para a orquestra, mas tb a posicao deles no espaco. um trabalho muito interessante, mas falarei mais dele na proxima blogada, onde tentarei relacionar os processos tradicionais de producao de arte com processos onde a poesia esta embutida nos codigos, ou algo assim.

 

a proxima blogada eu farei em alguns dias, pois estamos tendo serios problemas aqui em dubrovnik para fazer upload de material na internet. mas assim q voltar pra krizevci, tudo sera resolvido 😉

 

hvala, bok.

 

ciao ciao

 

 

 

 

enquanto isso, em dubrovnik…

bom, chegamos em dubrovnik no dia 30/07, depois de uma viagem de quase 12 horas por toda a costa croata, vindo de zagreb, passando por split e com direito a uma cruzadinha de fronteira com a bosnia-herzegovina.

cidade cheia de turistas de toda parte do mundo: croacia, alemanha, italia, austria, japao, china, eu do brasil e claro, cheeeeeia de americanos. uns verdadeiros fanfarroes, andando em bandos (a la grupo de turistas) de pos-adolescentes, bebendo muito e algazarrando com a vida dos europeus.

o lugar onde estamos se chama Lazarete, eh foi uma especie de “purgatorio” para os marinheiros que voltavam de meses de viagem em alto mar. isso pq ao voltar de viagem, tinham que ficar neste predio por um periodo de 40 dias (quarentena) para ter certeza de que nao contrairam nenhum tipo de doenca contagiosa antes de poder realmente entrar na cidade.

comecamos nosso trabalhos por aqui, numa especie de “open process”, dividindo o dia em horas de trabalho coletivo, horas de trabalho individual e horas de lazer, intercalando tudo isso com alguns mergulhos na praia em frente a lazarete, banhada pelo bom e velho mar Adriatico.
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agora que falei do lugar, na proxima blogada conto um pouco mais sobre nosso open-process (ainda em process) e sobre algumas peculiaridades da vida local auqi em dubrovnik.

bok

NetLabel things, jet-LADSPA e os hrvatski drugues

entao, nao estou muito inspirado para uma longa narrativa sobre o dia-a-dia na vida na hrvatska como no post anterior. por esta razao vou postar um monte links que contam de forma mais rizomatica esta semana aqui em krizevci. entao, comecemos pela ordem

Križevci – Wikipedia, the free encyclopedia

JACK Rack

Croatia – Dalmatia – Prices of goods and services

Tramadol – Wikipédia, a enciclopédia livre

Walter Wolf Cigarettes

KarlovaÄ?ko – Wikipedia, the free encyclopedia

3×4.in.C++

faltam ainda os videos da banda cover dos ramones do amigo sacha que eu nao tenho aqui comigo os links agora.

a proxima etapa da aventura se da em dubrovinik. curiosx? olhe em Dubrovnik – Wikipedia, the free encyclopedia , e procure pela palavra Lazarete. eh neste local onde esta historia continua.

bok!

tensao, jet-lag, lingua estranha… e ta tudo em casa!

pois eh. pra mim a coisa comecou uns dias antes da viagem, quando eu acessei http://learn-croatian.com/ .pensei  “agora sim, com estas dicas basicas eu vou falar croata com uma fluencia absurda”. pobre engano que soh foi percebido ao entrar no aviao da Lufthansa, e sentar ao lado de um senhor muito comunicativo que tambem estava indo para Zagreb (capital da Croacia). seu nome era Vojko (le-se Vaico). comecamos a conversar ele me deu umas dicas sobre as tais letras ai da foto. a letra GE, se fala com som de GUE, e a letra DE cortada no meio tem o som do nosso GE. o ZE com acento circunflexo invertido (caron) tem o som de DGE. o Ce se diz CHE. confuso isso? imagina agora o povo falando as palavras mais bizarras do mundo, com estes sons no meio… um mix de alemao, grego, ingles e um monte de palavras que se fala igual em portugues (vitamina, amaranto, vino, …). a viagem com Vojko foi muito bacana, pois falamos um tanto em ingles, enquanto eu arriscava misturar um pouco de Hrvatski no meio da conversa.

chegando no aeroporto de Zagreb, tive meu primeiro momento tenso na alfandega: para carimbar o meu passaporte, o guarda pensou que eu estava entrando no pais para “ganhar a vida”. Me perguntou o q eu estava fazendo ali, se eu sabia falar o idioma, se eu conhecia alguem que morava no pais.. basico de alfandega. expliquei que estava a turismo, visitando uns amigos e comecei a falar o nome das cidades que eu lembrava (Zagreb, Krizevic, Dubrovinik). o guarda me olhou feio, mas carimbou o passaporte seguido de um nema na cemu (bem-vindo) bem resmungado.

nao bastasse o susto na alfandega, a primeira preocupacao: ao tentar sacar dinheiro no caixa eletronico do banco de Zagreb (zagrebina banka), meu cartao foi recusado. otimo. numa terra onde eu soh conhecia a selacao de futebol e o kruno (que estava voltando de munich de carro, e iria me buscar am algum lugar da ciadade que eu nao conhecia), eu estava sem grana pra nem tomar um cafe (que custa 12 kunas no aeroporto – algo em torno de 4R$). sentei, pensei, chorei, respirei, chorei, pensei, levantei e fui tentar um caixa eletronico mais vagabundo, meio escondido no fundao do aeroporto… pra minha felicidade, o cartao funcionou. ponto negativo pro zagrebrina banka, q nao aceita cartoes visa que tem chip, somente os que tem fita magnetica.

o bom e velho Vojko que a esta altura estava esperando seu filho para busca-lo no aeroporto me ofereceu o celular para ligar pro kruno e de quebra uma carona ate a estacao central de trens de Zagreb, onde eu pude deixar minha mala num guardador (por miseras 15 kn por 24h de servico) e dar uma volta pela capital para aconhecer um pouco da arquitetura do sec 17 e 18 da cidade.

foi massa o passeio, apesar do kruno me deixar esperando por quase 7 horas – eu acredito que foi vinganca, pois a primeira vez q ele foi ao brasil, ele desceu em guarulhos, me ligou, e eu disse q estava em curitiba “vai ate o TERMINAL TIETE, e compra uma psaagem para CURITIBA” eu tentava ensinar as primeiras palavras em tupi-brasileiro por telefone pro coitado, heheh.

esta historia continua em Krizevic, cidade onde o Kruno mora com a Sonja nuim ape legal. mas ai ja continua regada a pivo (cerveja), makedonia vino (vinho da macedonia) e muitos bits, bytes e arduinos fritando no verao europeu. sem contar o role de cavalo e a lenda sobre os krizevcinas que apos as 18h comecam a beber e a matar seus amigos…. mas isso vai ficar pra proxima blogada 😉