pois eh. pra mim a coisa comecou uns dias antes da viagem, quando eu acessei http://learn-croatian.com/ .pensei “agora sim, com estas dicas basicas eu vou falar croata com uma fluencia absurda”. pobre engano que soh foi percebido ao entrar no aviao da Lufthansa, e sentar ao lado de um senhor muito comunicativo que tambem estava indo para Zagreb (capital da Croacia). seu nome era Vojko (le-se Vaico). comecamos a conversar ele me deu umas dicas sobre as tais letras ai da foto. a letra GE, se fala com som de GUE, e a letra DE cortada no meio tem o som do nosso GE. o ZE com acento circunflexo invertido (caron) tem o som de DGE. o Ce se diz CHE. confuso isso? imagina agora o povo falando as palavras mais bizarras do mundo, com estes sons no meio… um mix de alemao, grego, ingles e um monte de palavras que se fala igual em portugues (vitamina, amaranto, vino, …). a viagem com Vojko foi muito bacana, pois falamos um tanto em ingles, enquanto eu arriscava misturar um pouco de Hrvatski no meio da conversa.
chegando no aeroporto de Zagreb, tive meu primeiro momento tenso na alfandega: para carimbar o meu passaporte, o guarda pensou que eu estava entrando no pais para “ganhar a vida”. Me perguntou o q eu estava fazendo ali, se eu sabia falar o idioma, se eu conhecia alguem que morava no pais.. basico de alfandega. expliquei que estava a turismo, visitando uns amigos e comecei a falar o nome das cidades que eu lembrava (Zagreb, Krizevic, Dubrovinik). o guarda me olhou feio, mas carimbou o passaporte seguido de um nema na cemu (bem-vindo) bem resmungado.
nao bastasse o susto na alfandega, a primeira preocupacao: ao tentar sacar dinheiro no caixa eletronico do banco de Zagreb (zagrebina banka), meu cartao foi recusado. otimo. numa terra onde eu soh conhecia a selacao de futebol e o kruno (que estava voltando de munich de carro, e iria me buscar am algum lugar da ciadade que eu nao conhecia), eu estava sem grana pra nem tomar um cafe (que custa 12 kunas no aeroporto – algo em torno de 4R$). sentei, pensei, chorei, respirei, chorei, pensei, levantei e fui tentar um caixa eletronico mais vagabundo, meio escondido no fundao do aeroporto… pra minha felicidade, o cartao funcionou. ponto negativo pro zagrebrina banka, q nao aceita cartoes visa que tem chip, somente os que tem fita magnetica.
o bom e velho Vojko que a esta altura estava esperando seu filho para busca-lo no aeroporto me ofereceu o celular para ligar pro kruno e de quebra uma carona ate a estacao central de trens de Zagreb, onde eu pude deixar minha mala num guardador (por miseras 15 kn por 24h de servico) e dar uma volta pela capital para aconhecer um pouco da arquitetura do sec 17 e 18 da cidade.
foi massa o passeio, apesar do kruno me deixar esperando por quase 7 horas – eu acredito que foi vinganca, pois a primeira vez q ele foi ao brasil, ele desceu em guarulhos, me ligou, e eu disse q estava em curitiba “vai ate o TERMINAL TIETE, e compra uma psaagem para CURITIBA” eu tentava ensinar as primeiras palavras em tupi-brasileiro por telefone pro coitado, heheh.
esta historia continua em Krizevic, cidade onde o Kruno mora com a Sonja nuim ape legal. mas ai ja continua regada a pivo (cerveja), makedonia vino (vinho da macedonia) e muitos bits, bytes e arduinos fritando no verao europeu. sem contar o role de cavalo e a lenda sobre os krizevcinas que apos as 18h comecam a beber e a matar seus amigos…. mas isso vai ficar pra proxima blogada 😉